Essa é a primeira pequena prosa do mais que grande, do enorme Mário Quintana. Depois, com calma, vou postando outras.
Aula inaugural de uma pequena escola do interior. Os alunos, endomingados como requeria a ocasião. O professor, grave, de preto, voz cava. Pelo que bem se vê que a aula era de Português. E eis que no final, tão ansiado pela gente miúda como pela gente grande, ele tossiu, mudou de tom e disse:
- Atenção, meninos ! para gravarem melhor a matéria exposta, copiem o esquema que vou traçar no quadro-negro.
Perpassa pela classe um frio de pânico. Esquema ?! Meu Deus, que diabo seria aquilo ?
Mas o professor, que além de autodidata, era também humano, farejou a angústia daquelas alminhas e esclareceu então, com um esgar bondoso:
- É uma sinopse, meus filhos, apenas uma sinopse...
Aula inaugural de uma pequena escola do interior. Os alunos, endomingados como requeria a ocasião. O professor, grave, de preto, voz cava. Pelo que bem se vê que a aula era de Português. E eis que no final, tão ansiado pela gente miúda como pela gente grande, ele tossiu, mudou de tom e disse:
- Atenção, meninos ! para gravarem melhor a matéria exposta, copiem o esquema que vou traçar no quadro-negro.
Perpassa pela classe um frio de pânico. Esquema ?! Meu Deus, que diabo seria aquilo ?
Mas o professor, que além de autodidata, era também humano, farejou a angústia daquelas alminhas e esclareceu então, com um esgar bondoso:
- É uma sinopse, meus filhos, apenas uma sinopse...
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