terça-feira, 29 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Geólogos da Mineropar ajudaram a salvar vidas
Notícia veiculada no blog da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em 18 de março de 2011.
Um serviço geológico estadual é o responsável pela geração de dados e de informações que auxiliem na caracterização do meio físico e no apoio à sociedade em todos os assuntos que estejam relacionados diretamente com a geologia. Assim, são suas áreas de atuação o mapeamento geológico, geologia de áreas urbanas, levantamentos geoquímicos e geofísicos, economia mineral, geologia médica, caracterização de áreas de risco, apoio em situações de emergência e de catástrofes naturais.
Fotos: geólogo Oscar Salazar Junior (MINEROPAR) em sobrevôo de helicóptero, logo após a catastrofe.
Não posso deixar de reconhecer também o trabalho da Mineropar, que salvou centenas de vidas. De dois técnicos especificamente: Rogério e Diclécio. Esses dois técnicos foram chamados pelo Prefeito de Antonina. Quando começou a chover, Canduca ficou muito preocupado com o volume da água e pediu para que eles fossem fazer uma avaliação do morro. E os técnicos disseram: “Retirem as pessoas, porque vai haver desabamento”. E foi o aconteceu: eles retiraram as pessoas no final da tarde; e, no início da noite, desabou. A única pessoa que resistiu e ficou, faleceu.
É muito importante ter condições de antever um problema como esse. Então, quero aqui em meu blog, assim como fiz ontem no Plenário do Senado, homenagear o Rogério e o Diclécio, que são heróis anônimos, não aparecem; mas, se não fossem eles, poderíamos ter tido uma tragédia muito maior.
Os geólogos citados pela senadora Gleisi Hoffmann são Rogerio da Silva Felipe e Diclécio Falcade do quadro da Mineropar - Serviço Geológico do Paraná. O trabalho duro continua em Morretes e Antonina. Lá estão há mais de dez dias os geólogos Edir Arioli e Diclécio Falcade, assessorando o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil na identificação de áreas de risco de escorregamentos em virtude das chuvas que há mais de um mês estão caindo nessa região da Serra do Mar. A equipe da MINEROPAR na região deve aumentar com a alocação de outros geólogos e técnicos de forma a contornar essa emergência e tentar prever e delimitar as áreas que serão afetadas em eventos que certamente ocorrerão nos próximos anos.
Um serviço geológico estadual é o responsável pela geração de dados e de informações que auxiliem na caracterização do meio físico e no apoio à sociedade em todos os assuntos que estejam relacionados diretamente com a geologia. Assim, são suas áreas de atuação o mapeamento geológico, geologia de áreas urbanas, levantamentos geoquímicos e geofísicos, economia mineral, geologia médica, caracterização de áreas de risco, apoio em situações de emergência e de catástrofes naturais.
Se alguém ainda tem dúvidas quanto a utilidade de um serviço geológico estadual, aí está um excelente exemplo para convencimento.
Fotos: geólogo Oscar Salazar Junior (MINEROPAR) em sobrevôo de helicóptero, logo após a catastrofe.
domingo, 13 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
Plantas hiperacumuladoras de metais
Viktor Moritz Goldschmidt, um dos grandes geoquímicos, começou a pesquisar a acumulação de metais em tecidos e orgãos dos vegetais, com interesse despertado pelos elevados teores de Ge que encontrava nos carvões. Estabeleceu por fim a importância do ciclo de vida dos vegetais na acumulalção de metais e abriu caminho para estudos de fitogeoquimica e de fisiologia vegetal.
A biogeoquímica tornou-se uma das técnicas de exploração geoquímica, infelizmente pouco utilizadas em levantamentos sistemáticos ou em escala regional. Usa a capacidade que algumas espécies vegetais têm de acumular certos metais em alguns orgãos especificos para identificar as concentrações endêmicas desses vegetais e as possíveis relações de causa-e-efeito com a presença de depósitos minerais. Além dessas aplicações em prospecção, essa capacidade tem aplicação em outras áreas como a bio-remediação de áreas contaminadas.
Na Zâmbia e Zimbabwe, o Becium centraliafricanum é encontrada apenas em solos que contêm mais de 1.000 mg/kg Cu e pode acumular mais que 3.000 mg/kg Cu nas folhas (mg/kg = ppm). É relatada com frequência nas rochas ultramáficas do Great Dyke do Zimbabwe (onde os solos são ricos em Cu e Ni) e sua presença é responsável pela descoberta de depósitos de cobre.
No Platô do Colorado, espécies do gênero Astragalus, são indicadoras de mineralizações Se-U. Podem acumular até 15.000 ppm Se e por isso, exalam inconfundível cheiro de alho, são extremamente tóxicas a ponto de poder matar pequenos animais por envenenamento. Na foto ao lado o Astragalus mohaviensis do Deserto de Mohave.
No Rio Grande do Sul, foram encontradas acumulações de metais em tecidos vegetais de espécies endêmicas em solos ultramáficos, na forma de concreções e nódulos sub-microscópicos nas células. Na imagem ao lado de Cunha et al, uma concreção de Au em um corte transversal do raquis da Scutia buxifolia (Coronilha).
Porém, parece que o caso mais espetacular é o da Sebertia acuminata, uma planta hiperacumuladora de Ni, endêmica dos solos serpentiníticos da Nova Caledônia. Os teores de Ni na seiva seca atingem inacreditáveis 25,74% Ni, e as folhas contém até 11.700 ppm de Ni em base seca. São os mais altos teores do metal encontrados em qualquer ser vivo. As concentrações de Ni são tão elevadas que a seiva tem uma coloração verde-jade, como se vê na foto ao lado de David E. Salt.
Para saber mais:
- Duvign. & Plancke. 1973. Copper-induced chlorosis in Becium Homblei (De Wild). Plant and soil. Springer Publ. Netherlands. v38, n3,
- Brummer J.J.1; Woodward G.D. A history of the `Zambian copper flower', Becium centraliafricanum (B. homblei). Journal of Geoch. Exploration, v. 65, n. 2, March 1999 pp. 133-140(8)
- Cunha, M.C.L e, Mariath,J.E. de A.,Menegotto,E., Formoso, M.L.L. Diagnose de microbiólitos metálicos em espécies vegetais endêmicas em solos de rochas ultramáficas por microscopia eletrônica de varredura. Pesquisas em Geociências 31(1): 17-28. 2004
- T. Jaffré, R. R. Brooks, J. Lee and R. D. Reeves. Sebertia acuminata: A Hyperaccumulator of Nickel from New Caledonia. Science 13 August 1976:Vol. 193 no. 4253 pp. 579-580 http://www.sciencemag.org/content/193/4253/579.abstract
- David E. Salt. From Meals to Metals and Back. Center for Plant Environmental Stress Physiology, Purdue University. http://4e.plantphys.net/article.php?ch=&id=84
sexta-feira, 11 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
Geólogos da URGS - UFRGS
O Chatô visto da Praça Argentina
Começo hoje a postar as relações dos geólogos formados pela antiga Escola de Geologia da Universidade do Rio Grande do Sul, e depois pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desde 1960 até 2010, foram graduados 1.117 geólogos.
Pelo que consegui recuperar, são quatro períodos históricos
1961 - 1964 - Campanha de Formação de Geológos CAGE
1965 - 1968 - Escola de Geologia da Universidade do Rio Grande do Sul URGS
1969 - 1970 - Escola de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS
1971 - 2011 - Instituto de Geociências da UFRGS
Pelo que consegui recuperar, são quatro períodos históricos
1961 - 1964 - Campanha de Formação de Geológos CAGE
1965 - 1968 - Escola de Geologia da Universidade do Rio Grande do Sul URGS
1969 - 1970 - Escola de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS
1971 - 2011 - Instituto de Geociências da UFRGS
Cada turma será postada separadamente para facilitar a leitura e a identificação de eventuais incorreções.
A relação nominal, o ano de graduação e a turma, foram fornecidos pela Secretaria do IG-UFRGS, outras informações foram obtidas pesquisando na Internet (por isso podem haver informações desatualizadas ou incorretas) ou foram enviadas pessoalmente pelos ex-alunos junto com a autorização para a divulgação. Alguns poucos colegas enviaram seus dados mas não permitiram a divulgação.
Para correções ou acréscimos, enviar mensagem para otavio.licht@yahoo.com.br
Foto do Chatô: http://www.ufrgs.br/geodesia/fotos/FotosdeLocais/Chateau.jpg
terça-feira, 8 de março de 2011
É do sul da Africa que viemos
Em artigo publicado na edição da semana de 7 de Março de 2011 dos Proceedings of the National Academy of Sciences, um nova pesquisa fortalece a versão que os humanos modernos surgiram, evoluiram e disseminaram-se a partir de raízes plantadas no sul e não no leste do continente africano. Aí está o Abstract desse artigo que tem a seguinte observação This Feature Article is part of a series identified by the Editorial Board as reporting findings of exceptional significance.
Hunter-gatherer genomic diversity suggests a southern African origin for modern humans.
Brenna M. Henna, Christopher R. Gignoux, Matthew Jobinc, Julie M. Granka, J. M. Macpherson, Jeffrey M. Kidd, Laura Rodríguez-Botigué, Sohini Ramachandran, Lawrence Hon, Abra Brisbin, Alice A. Lin, Peter A. Underhill, David Comas, Kenneth K. Kidd, Paul J. Norman, Peter Parham, Carlos D. Bustamante, Joanna L. Mountain, and Marcus W. Feldman
Abstract
Africa is inferred to be the continent of origin for all modern human populations, but the details of human prehistory and evolution in Africa remain largely obscure owing to the complex histories of hundreds of distinct populations. We present data for more than 580,000 SNPs for several hunter-gatherer populations: the Hadza and Sandawe of Tanzania, and the ≠ Khomani Bushmen of South Africa, including speakers of the nearly extinct N|u language. We find that African hunter-gatherer populations today remain highly differentiated, encompassing major components of variation that are not found in other African populations. Hunter-gatherer populations also tend to have the lowest levels of genome-wide linkage disequilibrium among 27 African populations. We analyzed geographic patterns of linkage disequilibrium and population differentiation, as measured by FST, in Africa. The observed patterns are consistent with an origin of modern humans in southern Africa rather than eastern Africa, as is generally assumed. Additionally, genetic variation in African hunter-gatherer populations has been significantly affected by interaction with farmers and herders over the past 5,000 y, through both severe population bottlenecks and sex-biased migration. However, African hunter-gatherer populations continue to maintain the highest levels of genetic diversity in the world.
domingo, 6 de março de 2011
Ciência às últimas consequências
Entre o grupo de bons e excelentes vulcanólogos, Maurice e Katia Krafft, sobresssaíam por terem uma profunda obstinação, uma desmesurada curiosidade, uma imensurável dedicação à ciência e uma força vulcânica.
Dois profundos conhecedores dos processos eruptivos, expunham-se com risco calculado - mas que para alguns colegas beirava a loucura - para coletar dados confiáveis diretamente nos centros de erupção em atividade. Em 25 anos de trabalho incessante eles visitaram e estudaram praticamente todos os vulcões do mundo. Coletaram amostras de gases, cinza, lava e rocha e produziram 300.000 fotos e 300 horas de filmes de excelente qualidade contribuindo de maneira inquestionável para o aprofundamento do conhecimento científico da física dos processos eruptivos.
Como era previsto por muitos, morreram em 3 de junho de 1991 na estupenda erupção do Unzen nas vizinhanças de Shimabara, Japão, que levou também o vulcanólogo Harry Glicken.
A lista de seu legado bibliográfico e filmográfico é extensa :
Livros
1974 - KRAFFT M. - Guide des volcans d’Europe (généralités, France, Islande, Italie, Grèce, Allemagne), préf. Jean Orcel. Delachaux et Niestlé, Neuchâtel (Suisse), 412 p.
1974 - KRAFFT M. - Guide des volcans d’Europe (généralités, France, Islande, Italie, Grèce, Allemagne), préf. Jean Orcel. Delachaux et Niestlé, Neuchâtel (Suisse), 412 p.
1975 - KRAFFT K. & M. - A l’assaut des volcans, Islande-Indonésie. Presses de la Cité, Paris, 109 p.
1975 - KRAFFT K. & M. - Les Volcans. Draeger-Vilo, Paris, 174 p.
1977 - KRAFFT K. & M. et BÉNARD Roland - La Fournaise, Volcan actif de l’île de la Réunion. Éditions Roland Benard, Saint-Denis (La Réunion), 121 p.
1979 - KRAFFT K. & M. - Volcans, le réveil de la Terre. Hachette-Réalités, Paris, 158 p.
1981 - KRAFFT K. & M. - Dans l’antre du Diable, volcans d’Afrique, Canaries et Réunion. Presses de la Cité, Paris, 124 p.
1981 - KRAFFT M. - Questions à un volcanologue : Maurice Krafft répond. Hachette-Jeunesse, Paris, 233 p.
1982 - KRAFFT K. & M. - Volcans et tremblements de terre. (Nouvelle édition.), Les Deux Coqs d’Or, 78 p.
1984 - KRAFFT K. & M. - Volcans et dérives des continents. (Nouvelle édition de Notre Terre, une planète vivante, publiée en 1978), Hachette, Paris, 157 p.
1984 - KRAFFT M. - Le monde merveilleux des volcans, dessins de Gilles Bachelet Hachette-Jeunesse, collection « Dis pourquoi? des 5-8 ans », Paris, 59 p.
1984 - KRAFFT M. - Les volcans et leurs secrets. Nathan, Paris, 64 p.
1985 - KRAFFT K. & M. - Les plus beaux volcans, d’Alaska en Antarctique et Hawaï. Solar (autour du monde), Paris, 88 p.
1985 - KRAFFT K. & M. - Volcans et éruptions, dessins d’André Demaison. Hachette-Jeunesse (Le temps de la découverte), Paris, 93 p.
1986 - KRAFFT K. & M. - Les volcans du monde. Éditions Mondo S.A., Vevey-Lausanne (Suisse), existe également en allemand et italien, 152 p.
1986 - KRAFFT M. et BÉNARD Roland - Au cœur de la Fournaise. Éditions Nourault - Bénard, Saint-Denis, La Réunion, 220 p.
1987 - KRAFFT K. & M. - Volcans du monde. Flammarion, Coll. L’Odyssée, Paris, 190 p.
1988 - KRAFFT K. & M. - Objectif volcans. Nathan Image, Paris, 154 p.
1989 - KRAFFT M. et FAYREAU Luc - Les volcans, des montagnes vivantes. Gallimard Jeunesse, Coll. Découvertes benjamin, 34 p.
1990 - KRAFFT K. & M. - Führer zu den Virunga Vulkanen. Enke, Stuttgart.
1991 - KRAFFT M. - Les feux de la Terre, histoire de volcans. Découvertes Gallimard, Paris, 208 p.
1991 - KRAFFT M. et De LAROUZIÈRE François-Dominique - Guide des volcans d’Europe et des Canaries : France, Islande, Italie, Grèce, Allemagne, Canaries. Delachaux et Niestlé, Suisse, 455 p.
1999 - KRAFFT M. et De LAROUZIÈRE François-Dominique - Guide des volcans d’Europe et des Canaries : France, Islande, Italie, Grèce, Allemagne, Canaries. Réédition, Delachaux et Niestlé, Lausanne, Paris, 416 p.
Filmografia
1988 - KRAFFT K. & M. - Vingt ans à l’assaut des volcans, 32+22 min.
1988 - KRAFFT K. & M. et GÉRENTE Alain - La Fournaise, un volcan dans la mer, 26 min.
1990 - KRAFFT M. - Volcans de Hawaï et éruptions hawaïennes, 25 min.
Foto da erupção do Unzen S. Nakada, Univ. of Tokyo (disponivel em http://www2.gi.alaska.edu/ScienceForum/ASF15/unzen%20images.html)
Para saber mais:
http://www.lave-volcans.com/gdesfig_krafft_hommage.html
http://ciencias3c.cvg.com.pt/casal_kraft.htm
Centro de Informações Geológicas da MINEROPAR
Se você mora em Curitiba ou quando passar por aqui, recomendo a visita ao Centro de Informações Geológicas do Serviço Geológico do Paraná - MINEROPAR que foi inaugurado no final de 2011. Um completo e bem ilustrado roteiro com interatividade e com maquetes para representação dos conceitos da história do universo, dos planetas, a evolução da Terra, dos processos geológicos da dinâmica interna e externa. Além disso, a Coleção de Minerais "Orville Derby" é muito bem constituída com exemplares raros e comuns, mas todos muito representativos. Vale a pena visitar ! Uma iniciativa que deveria ser reproduzida por outros Serviços Geológicos estaduais e Universidades
quinta-feira, 3 de março de 2011
Províncias geoquímicas - verdade ou mito ?
Há alguns anos iniciou-se uma discussão sobre a verdadeira origem de anomalias geoquímicas de grandes dimensões (large scale patterns) que foram e ainda estão sendo identificadas em diversas regiões do mundo. Essas estruturas e padrões geoquímicos de dimensões continentais surgem do tratamento e cartografia dos dados obtidos com levantamentos regionais de baixa densidade, como os executados em toda Europa, na China, Canadá, Estados Unidos, em alguns países da Africa, América do Sul e em alguns estados do Brasil como Paraná, Rio de Janeiro e a região nordeste.
Essa discussão começou com a publicação de Clemens Reimann and Victor Melezhik (Metallogenic provinces, geochemical provinces and regional geology — what causes large-scale patterns in low density geochemical maps of the C-horizon of podzols in Arctic Europe? Applied Geochemistry, Volume 16, Issues 7-8, June 2001, Pages 963-983). Eles observaram que os mapas geoquímicos produzidos com amostras muito dispersas (1 estação de amostragem a cada 300 km2) ficaram evidenciados claros padrões regionais de distribuição. Algumas dessas feições refletiam contatos litológicos, outras indicavam lineamentos e estruturas inexistentes nos mapas geológicos, outras mercavam eventos hidrotermais e alterações de grandes dimensões, e finalmente outros estavam relacionados a depósitos minerais. No entanto, alguns grandes depósitos mienrais e mesmo famosas províncias metalogênicas ficavam muito sutilmente ou não apareciam nesses mapas geoquímicos. Dessa maneira os autores contestaram o conceito de província geoquímica, por considerá-lo muito impreciso e sem qualquer ajuste as províncias metalogênicas.
Reimann foi depois disso radicalizando essa opinião.
No entanto, diversos autores como Bolviken e Xie Xuejing já haviam estabelecido uma nomenclatura dependente da escala e da intensidade dos teores para os padrões de distribuição de elementos isolados ou associações, desde anomalias locais até padrões continentais.
É evidente que províncias geoquímicas não têm a mesma configuração que províncias metalogênicas. Uma província geoquímica diz respeito à distribuição da abundância de elementos isolados ou associados e a província metalogênica diz respeito aos processos mineralizadores.
É claro que os processos de mobilização e de dispersão dos elementos assim como as suas fontes, são bastante diferentes e por esse motivo não pode haver uma concordância quanto a configuração e abrangência dos dois tipos. É o mesmo que ocorre quando se compara um mapa geoquímico com um mapa geológico ou com um mapa geofísico. Será muito normal se alguém não encontrar grandes concordâncias entre os limites de unidades geológicas com as anomalias geoquímicas ou entre anomalias e estruturas geofisicas com as estruturas e anomalias geoquímicas. Processos diferentes ou técnicas de medida diferentes, geram produtos diferentes.
terça-feira, 1 de março de 2011
Revendo conceitos
Relendo a matéria postada em 21 de fevereiro e que provocou compreensível polêmica, e em atenção à carta enviada pelo Sr. Marcell Bresser e apoiadores (ver comentários da matéria postada em 24 de fevereiro) de que foram "palavras muito fortes para uma jovem em início de carreira e que talvez não soube medir o alcançe de seu pronunciamento", informo que retirei da postagem de 21 e de 24 de fevereiro todas as referências que não fossem relativas apenas ao tema em questão.
Espero que com essa retificação e com esse meu pedido de desculpas ela sinta-se mais confortável e tranquila. Espero também que com essa minha atitude essa polêmica esteja encerrada.
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