quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mapeamento geoquímico em áreas com cobertura laterítica

Para os incréus, descrentes e correlatos, quanto a utilidade dos levantamentos geoquímicos multielementares de baixa densidade para delimitar áreas potenciais para exploração mineral em ambientes tropicais, aí vai mais um "direto no queixo". Um interessante e muito esclarecedor estudo de mapeamento geoquímico em área tropical com cobertura laterítica intitulado Soil and Stream Sediment Based Geochemical Mapping: A Case Study in Goa foi publicado por D. Purushothaman, J. P. Mohakul, Asit Saha, K. T. Vidyadharan e N. Rajendran no Journal of Geological Society of India Vol.73, June 2009, pp.744-746.
Esse estudo foi realizado em 1994-96 cobrindo os 3.700 km2 do estado de Goa, com o objetivo de preparar mapas geoquímicos multielementares para selecionar em escala regional, areas prioritárias para exploração mineral. O motivo de interesse nessa pesquisa é que 65% da área está coberta por uma espessa cobertura laterítica.
200 amostras de solo/laterita foram analisadas para 34 elementos (incluindo ETR) por ICP-MS; 502 amostras de sedimentos fluviais foram analisadas para Cu, Pb, Zn, Ni e Co por AAS e 152 amostras de sedimentos fluviais da região meridional  foram analisadas para Au por AAS (MIBK).
A grande dificuldade do mapeamento geológico em regiões com cobertura laterítica é a máxima limitação à observação direta por escassez de afloramentos.
O mapeamento geoquímico de Goa trouxe à luz diversas áreas com assinaturas de rochas ultramáficas francamente encobertas pela laterita. Os eixos geoquimicos de Nb-Ta e lineamentos de alto teor de Pb foram identificados pela primeira vez.
Como os autores concluem, as assinaturas e estruturas geoquímicas regionais são apenas um "apontador" para trabalhos detalhados na procura de mineralização.

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