sábado, 16 de janeiro de 2010

SOLIDARIEDADE AO HAITI

O Haiti precisa da ajuda e da colaboração de cada um de nós.
Consegui em outro blog as contas bancárias de algumas organizações que estão, há muitos anos envolvidas com trabalho no Haiti.
Assim, nenhuma é oportunista nem irá se aproveitar dessa situação de catástrofe que esse pobre país está atravessando. Escolha uma dessas, e na própria agência bancária verifique os dados como CNPJ e faça a sua doação. Se preferir, procure qualquer outra que seja de sua confiança e faça a sua doação. O que não é aceitável é fingir que a catastrofe não ocorreu e que tem milhares de pessoas morrendo de fome, sede e necessitando de auxílio médico.
Quanto custa uma cerveja ? É o suficiente para salvar a vida de alguém  !

Comitê Internacional da Cruz Vermelha
Banco: HSBC  Agência: 1276
Conta Corrente: 14526-84
CNPJ: 04359688/0001-51

ONG Viva Rio
Banco: Banco do Brasil   Agência: 1769-8
Conta Corrente: 5113-6
CNPJ: 00343941/0001-28

Care Internacional Brasil
Banco: ABN Amro Real   Agência: 0373
Conta corrente: 5756365-0
CNPJ: 04180646/0001-59

Médicos Sem Fronteiras
Doação diretamente no site
http://www.msf.org.br/haiti/formulario/index.html

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Escrevendo um artigo científico

A dor ensina a gemer é um velho dito popular que se aplica muito bem ao processo de escrever um artigo científico.
A simples escolha e elaboração do título é um parto doloroso pois a quantidade de palavras deve ser calculada de forma a sintetizar o conteúdo despertando a atenção do leitor, e por outro lado evitando que o título fique maior que o resumo.
O resumo, ah o resumo ! Como poderei resumir em 20 linhas os resultados de uma pesquisa que me consumiu muitos meses de árduo trabalho e que a caro custo consegui sintetizar num artigo de 25 páginas?
A descrição dos materiais e dos métodos é um pouco mais simples, mas será que um outro pesquisador, lendo a minha descrição conseguirá  repetir o meu experimento ? Será que todos os que usam o gráfico R1 x R2 de De La Roche et al (1980) para classificação de rochas ígneas sabem se o cálculo deve ser  feito com os óxidos em base anidra ou hidratada? É difícil repetir os passos de De La Roche e seus amigos já que o processo não está descrito no artigo original e "que deu origem à série".
Relatar resultados é um pouco mais complicado pois além de escrever o texto de forma clara, envolve análises numéricas, elaboração de gráficos e tabelas estatísticas e montagem de mapas com todos aqueles detalhes de escala gráfica, malha de coordenadas, processos de digitalização e tratamento de aplicativos de CAD e SIG. O que é melhor: uma tabela ou um gráfico? Dá para sintetizar e representar todas essas tabelas num mapa ?
E a parte mais importante do artigo que é a discussão dos resultados ? Se não há nada a discutir, então não existe nenhuma razão para escrever o artigo.
Muito cuidado com as referências e com as citações pois em tempos de internet, ficou muito fácil descobrir um plágio  e  "um dia o corpo bóia" ! Já li um trabalho que usou resultados analíticos produzidos por outro autor, publicados dois anos antes. Para tentar iludir o leitor e apropriar-se dos dados do pobre antecessor, o malandrinho (ou seria malandrinha?) usou o expediente grotesco de trocar a sigla de identificação das amostras. Esqueceu apenas de que todos os teores permaneceram idênticos e que um dia o Otavio poderia ler e comparar os dois artigos !
Quem usa muitos "apud", "in" ou "citado por" me passa a nítida impressão de preguiça em buscar e consultar a fonte original e a preguiça é inimiga mortal de uma boa pesquisa e do procedimento  científico. Nada como a consulta à fonte original pois lembro de de outro provérbio que minha avó usava muito "Quem conta um conto aumenta um ponto ! ".
Por essas e por outras, lembre sempre da brilhante frase de Albert Einstein "Ciência é 10% de inspiração e 90% de transpiração".

Algumas idéias que usei acima e muitas outras, estão na boa página do Prof Alexei Sharov do  Departamento de Entomologia (sim, insetos, porque não ?) do Virginia Tech, Blacksburg, Virginia:
http://www.ento.vt.edu/~sharov/PopEcol/lab2/lab2.htm Vale a pena consultar !

sábado, 9 de janeiro de 2010

Da série "País que não preserva sua história" - Minas Gerais, quem diria...

Deu na INTHEMINE edição de setembro/outubro de 2009, página 5 (http://www.inthemine.com.br/)

Prezada Jornalista Tébis Oliveira, o espectrógrafo que foi usado para detectar o nióbio de Araxá em 1953 está sucateado no CETEC (Centro Tecnológico de Minas Gerais). Abandonei a idéia de sua recuperação. O Governo do Estado resolveu fechar o Museu de Mineralogia Djalma Guimarães para onde ia o instrumento, cedendo o seu acervo para um novo Memorial das Minas e do Metal que, dizem, terá uma sala (ou auditório ?) com o nome de Djalma Guimarães. O que se sabe, é que não será um museu, e sim uma mostra virtual (projeções e filmes - coisa maluca !) Com o fechamento do Museu, extingue-se o último vestígio da Geociência no âmbito da adminstração estadual das "Minas" Gerais. Djalma Guimarães "Requiescat in Pace..." Saudações Cláudio V. Dutra.

Nessa mensagem enviada pelo eminente Prof. Cláudio Vieira Dutra à INTHEMINE há vários fatos que chamam a atenção:
1. a extinção do Museu Djalma Guimarães, que ficava no centro de Belo Horizonte, com bom acervo de rochas e minerais e de materiais pessoais e profissionais de Djalma Guimarães, um dos mais importantes geoquímicos que o Brasil já teve.
2. será possível que o Memorial de Minas e do Metal de Minas Gerais contará apenas com exposição virtual  ?
3. para onde irá o acervo do Museu Djalma Guimarães ?
4. a inexistência na estrutura governamental de Minas Gerais de um orgão específico que se preocupe com a geologia e a mineração. Parece que Minas Gerais não tem nada a dever de seu desenvolvimento e de sua história à geologia e à mineração.