Prospecção geoquímica é uma técnica de exploração de depósitos minerais não aflorantes cuja deteclção de outro modo, pode escapar. Essa prospecção consiste na coleta de amostras de solos e rochas próximo da superfície daTerra, água fluvial, vegetação ou sedimento; cada qual testada para as quantidades traço de diversos metais. No local dos depósitos minerais, as amostras podem mostrar concentrações elevadas de metais, maiores que as quantidades em traço usuais que estão normalmente presentes nos solos, rochas, vegetação e sedimentos. Quando desenhadas num mapa da área, essas concentrações elevadas salientam-se e podem servir de guias de prospecção para o depósito encoberto.
Esse é o bom começo da Introdução da publicação Geochemical Prospecting de autoria de Nalin R. Mukherjee e Leo Mark Anthony, Boletim 3 de 1957 da Escola de Minas da Universidade do Alaska, campus de College, Alaska. Pela internet localizei um raro exemplar na Elmer E. Rasmuson Library da Universidade do Alaska, Fairnbanks. Consegui comprar uma cópia xerox graças à gentileza da bibliotecária Rheba Dupras.
Apesar de ter sido publicado em 1957, portanto nos primórdios da prospecção geoquímica, é um material muito rico e completo pois examina os conceitos básicos, especialmente as técnicas analíticas da época que eram testes colorimétricos. Mesmo assim, a sensibilidade era excepcional atingindo poucos ppm ou mesmo ppb. Um conceito importante é que os valores de background variam de local para local e assim deveriam ser definidos para cada área. A recomendação para definir os valores orientativos do fundo geoquímico - ou background - era de coletar amostras em locais distantes para comparar com os baixos teores obtidos ali, com os elevados encontrados na área alvo. O conceito importante de amostrar as águas ou sedimentos nas confluências dos cursos d'água é bem exposto, assim como são apresentadas técnicas simples e eficientes de interpretação como a elaboração de mapas e de perfis geoquímicos de solos e o mapa de distribuição dos teores de metais em uma rede hidrográfica e sua relação com a área alvo à montante
Nas últimas páginas, é apresentado um passo-a-passo das técnicas para coleta e análise de amostras no campo, assim como a elaboração do mapa de localização das amostras para subsidiar a interpretação.
Hoje tudo isso soa muito simplório, mas lá se vão 55 anos e as orientações precisas e objetivas contidas nesse material devem ter servido de base para tantas descobertas de depósitos minerais do Alaska e talvez do Canadá.
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